Vídeos

O Projeto de Monitoramento de Diversidade de Fauna, executado atualmente em parceria pela Promotoria Regional Ambiental com sede em Jacobina e o Instituto Água Boa, representado por Jorge Velloso e pelo Professor Fábio Carvalho, foi idealizado e teve início nas primeiras RPPNs criadas em Jacobina. Câmeras fotográficas do tipo TRAP, equipadas com sensores de movimento ou infravermelhos, são usadas para capturar fotos ou vídeos de animais selvagens com o mínimo de interferência humana possível.

Já foram capturadas imagens de felinos de grande e médio porte, como a Onça Parda, conhecida também como Sussuarana, o Gato Mourisco, conhecido também como Onça de Bode ou Jaguarundi, a Jaguatirica, dentre outros muitos animais, como raposas, veados, tamanduá-mirim, macacos pregos, teiú-gigante, irara, quatis, cutias, etc, em mais de 09 cidades da região centro-norte da Bahia, em Unidades de Conservação Públicas e Particulares, RPPNs.

Segundo pesquisas científicas do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, coordenado por Laury Cullen Junior, Ph.D, “os mamíferos carnívoros como, por exemplo, os grandes felinos, são importantes indicadores da integridade dos ecossistemas (Kucera e Zielinski, 1995; Macdonald et al., 2010). Os Predadores de topo de cadeia alimentar, como a onça-pintada e a onça-parda, têm um profundo efeito sobre todos os níveis de funcionamento dos ecossistemas nos quais estão inseridos, podendo ser consideradas espécies-chave nos mesmos (Mills et al., 1993; Terborgh, 1998; Carrol, 2006). A diminuição na densidade ou extinção local de predadores pode levar ao aumento de densidade de espécies de mamíferos de médio porte de hábitos generalistas o que pode, por sua vez, causar alterações drásticas nas comunidades de pequenos vertebrados, como aves ou pequenos mamíferos (Fonseca e Robinson, 1990; Crooks e Soulé, 1999). Além disto, grandes carnívoros necessitam de extensas áreas para suprir suas necessidades energéticas (Gittleman, 1996), assim, qualquer redução de habitat pode implicar em perda de espécies (Fahrig, 2003), o que se agrava em áreas de alta diversidade biológica, como as florestas tropicais (Myers, 1986)”.

Algumas das espécies filmadas são consideradas ameaçadas de extinção ou em vulnerabilidade. Entre os carnívoros regionalmente ameaçados, destacam-se a onça-parda (Puma concolor), a Jaguatirica (Leopardus pardalis) e o Gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi).

Estas espécies foram categorizadas como “Vulnerável” no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (ICMBio 2016).

O trabalho confirma a relevância ambiental da criação de RPPNs, como estratégia de preservação dos biomas na Bahia.

Pensa que na mata não tem bicho?

Você já parou para ouvir os sons emitidos por esse vídeo e toda a diversidade representada na natureza? Ele faz parte de um projeto de Monitoramento da Diversidade da Fauna realizado em parceria com o Ministério Público, o Instituto Água Boa e o professor Fábio Carvalho. O seu objetivo é observar a existência de espécies em extinção ou em situação de vulnerabilidade e ajudar a intensificar as ações de preservação, além de revelar toda a beleza da nossa fauna. 

Pular para o conteúdo