Redator: Gabriel Pinheiro (DRT-BA 2233)
Mais de 1.155 hectares de mata serão transformados em unidades de conservação com a criação de dez novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), nove no Município de Jacobina e uma em Ourolândia. Os projetos e estudos que criam as reservas foram protocolados no Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Inema) e no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no último dia 25. Com as novas reservas, Jacobina assume o terceiro lugar no ranking de cidades baianas com o maior número de RPPN’s. Segundo o promotor de Justiça Pablo Almeida, o Ministério Público estadual está atuando junto a outros proprietários de fazendas que devem aderir à iniciativa nos próximos dois anos. “Nós acreditamos que, até 2020, Jacobina atinja a primeira colocação nesse ranking”, afirmou.
Segundo o promotor, as propriedades onde estão localizadas as reservas, totalizando mais de 4.400 hectares, foram completamente regularizadas ambientalmente, com o cadastramento das reservas legais e áreas de preservação permanente, bem como remanescentes de matas, conforme determina o novo Código Florestal. A reserva localizada no Município de Ourolândia será a maior Unidade de Conservação Privada do bioma Caatinga do Estado da Bahia, com 857,8 hectares de áreas protegidas de maneira integral. Das nove reservas de Jacobina, cinco ficam localizadas no Vale do Ouro.
De acordo com Pablo Almeida, um dos objetivos de fomentar a preservação ambiental de propriedades privadas é “formar um banco de dados de informações que servirão para o controle, monitoramento e o planejamento ambiental e econômico do Estado da Bahia”. Os estudos necessários para a criação destas dez novas reservas foram financiados pela Fundação Grupo o Boticário e executados pelos Institutos Água Boa e Ynamata, em colaboração com o Ministério Público, através do Programa Floresta Legal, sem nenhum custo.
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