Redator: Milena Miranda DRT Ba 2510
O Ministério Público estadual, por meio da Promotoria de Justiça Especializada em Meio Ambiente com sede em Jacobina, doou 13 câmeras fotográficas do tipo Trap ao Instituto Água Boa, que desenvolve um projeto de monitoramento de diversidade de fauna na região. Também foram doadas 130 pilhas e 13 cartões de memória. As câmeras, que são equipadas com sensores de movimento e infravermelhos, são utilizadas para capturar fotos ou vídeos de animais selvagens com o mínimo de interferência humana possível.
“A compreensão da distribuição da fauna silvestre é fundamental para o entendimento do estabelecimento de áreas prioritárias para conservação. Trabalhamos com os mapeamentos já realizados pelo Ministério do Meio Ambiente, tentando compreender como o trânsito da fauna se comporta nestes locais e se extrapola das áreas já delimitadas”, destacou. As câmeras foram obtidas através de transações penais celebradas nas 1ª e 2ª Varas dos Juizados Especiais Criminais de Jacobina, em processos relacionados a crimes ambientais contra a fauna silvestre, identificados durante a 44ª etapa da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), realizada em maio de 2019. O promotor de Justiça Pablo Almeida ressaltou o caráter educativo das transações penais efetivadas, onde pessoas flagradas criando animais silvestres sem as autorizações dos órgãos competentes se comprometeram a apoiar projetos de preservação de fauna.
Ele complementou que outras dez câmeras, também provenientes de transações penais, serão doadas nos próximos dias ao programa “Amigos da Onça: Grandes Predadores e Sociobiodiversidade na Caatinga”, que coleta informações para o estudo da ecologia e biologia destes grandes felinos com o intuito de subsidiar ações de conservação destas espécies, na região conhecida como Boqueirão da Onça. O local abriga duas Unidades de Conservações Federais, um Parque Nacional e uma Área de Preservação Permanente (APA).
O projeto de monitoramento de diversidade de fauna já capturou nos últimos dois anos imagens de felinos de grande e médio porte, como a onça parda, conhecida também como suçuarana; o gato mourisco, conhecido também como onça de bode ou jaguarundi; a jaguatirica, conhecida como leopardus pardalis, dentre outros animais, em mais de nove cidades da região centro-norte da Bahia.
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